Nome original: V for Vendetta
Duração: 132 min.
Ano de Lançamento (EUA e ALE): 2006
Diretor: James McTeigue
A adaptação do HQ de Alan Moore é franco candidato a ser um dos melhores filmes do ano. O roteiro é produzido pelos irmãos Wachowski e, assim como em Matrix, é situado em um cenário futurista. O interessante do filme é que, indistintamente, o seu público alvo é o do cinema-pipoca, porém ao mesmo tempo ele é panfletário e passa essa mensagem sem nenhum disfarce. É muito clara a crítica em relação ao governo Bush (o ditador que mantém a ordem usando a opressão e o medo). É um ato louvável, ser voltado para tal público e mesmo assim possuir uma fortíssima carga de política e idealismo.
E é nesse clima totalitário que se situa Londres (um misto de governo nazista com a atual política norte-americana), cujo governo é comandado pelo Alto Chanceler Adam Sutler (seria coincidência a semelhança com Adolf Hitler?) interpretado por John Hurt, que mantém tudo nos conformes usando o medo como arma. Evey (Natalie Portman) resolve sair numa noite e acaba sendo infortunada por agentes do governo de Sutler, e é salva pelo V (Hugo Weaving), um sujeito mascarado e que pretende lutar contra o sistema, seja por bem ou por mal. Ele a convida para assistir um show um pouco diferente: a destruição de um monumento importante. É o começo de uma relação entre os dois: Evey curiosa pra saber quem é o homem que pretende combater isso tudo e que lhe salvou a vida, enquanto V tenta convencê-la de que o verdadeiro terrorista é na realidade Sutler, e por isso tem um minucioso plano para destruir esse governo.
Infelizmente ainda não li o HQ, mas segundo comentários de quem conhece o trabalho de Moore, o resultado ficou bem fiel à obra original. Tecnicamente foi tudo muito bem trabalhado, fotografia, luz, trilha e efeitos (sonoros e especiais), sem falhas ou grosserias à parte. Quanto às interpretações, Hugo Weaving interpreta V de forma esplêndida, dando imponência e força ao personagem usando apenas a voz, pois o mesmo permanece com a máscara durante todo o filme. Natalie Portman está linda (mesmo de cabelo raspado) e eficiente como sempre e não deixa a desejar na reviravolta que seu personagem sofre em certa altura do filme.
A questão do filme é: quem é o verdadeiro vilão, o verdadeiro terrorista da história toda? V quer apenas abrir os olhos da população, que vive com medo e oprimida pelo governo totalitarista, mesmo que isso signifique aterrorizar e matar. A ligação com a atual realidade é muito grande (terrorismo já é parte do noticiário diário, um pequeno exemplo). Junte isso com a história bem bolada mais algumas cenas de ação/efeitos (sem contar os flashbacks explicando o passado de V, que foi cobaia de vários experimentos médicos), sendo que a principal lembra muito Matrix, e temos um filme com entretenimento e com uma mensagem, uma ideologia por trás. Isso não é muito comum nos dias de hoje, principalmente em filmes voltados para o público mais jovem.
Uma alfinetada nos atuais governantes. V de Vingança traz conteúdo, além de conspiração, ação e até amor na sua trama. Uma história onde os papéis se invertem: o bandido é o mocinho e o malvado comanda a nação. É bem difícil que os jovens notem a moral do filme, a sua real ambição, mas foi uma tentativa muito válida além de corajosa. Porém, um fato é inegável: a máscara do V é muito melhor que a do protagonista da terrível (de ruim) série Pânico... ah, com toda certeza.
Duração: 132 min.
Ano de Lançamento (EUA e ALE): 2006
Diretor: James McTeigue
A adaptação do HQ de Alan Moore é franco candidato a ser um dos melhores filmes do ano. O roteiro é produzido pelos irmãos Wachowski e, assim como em Matrix, é situado em um cenário futurista. O interessante do filme é que, indistintamente, o seu público alvo é o do cinema-pipoca, porém ao mesmo tempo ele é panfletário e passa essa mensagem sem nenhum disfarce. É muito clara a crítica em relação ao governo Bush (o ditador que mantém a ordem usando a opressão e o medo). É um ato louvável, ser voltado para tal público e mesmo assim possuir uma fortíssima carga de política e idealismo.
E é nesse clima totalitário que se situa Londres (um misto de governo nazista com a atual política norte-americana), cujo governo é comandado pelo Alto Chanceler Adam Sutler (seria coincidência a semelhança com Adolf Hitler?) interpretado por John Hurt, que mantém tudo nos conformes usando o medo como arma. Evey (Natalie Portman) resolve sair numa noite e acaba sendo infortunada por agentes do governo de Sutler, e é salva pelo V (Hugo Weaving), um sujeito mascarado e que pretende lutar contra o sistema, seja por bem ou por mal. Ele a convida para assistir um show um pouco diferente: a destruição de um monumento importante. É o começo de uma relação entre os dois: Evey curiosa pra saber quem é o homem que pretende combater isso tudo e que lhe salvou a vida, enquanto V tenta convencê-la de que o verdadeiro terrorista é na realidade Sutler, e por isso tem um minucioso plano para destruir esse governo.
Infelizmente ainda não li o HQ, mas segundo comentários de quem conhece o trabalho de Moore, o resultado ficou bem fiel à obra original. Tecnicamente foi tudo muito bem trabalhado, fotografia, luz, trilha e efeitos (sonoros e especiais), sem falhas ou grosserias à parte. Quanto às interpretações, Hugo Weaving interpreta V de forma esplêndida, dando imponência e força ao personagem usando apenas a voz, pois o mesmo permanece com a máscara durante todo o filme. Natalie Portman está linda (mesmo de cabelo raspado) e eficiente como sempre e não deixa a desejar na reviravolta que seu personagem sofre em certa altura do filme.
A questão do filme é: quem é o verdadeiro vilão, o verdadeiro terrorista da história toda? V quer apenas abrir os olhos da população, que vive com medo e oprimida pelo governo totalitarista, mesmo que isso signifique aterrorizar e matar. A ligação com a atual realidade é muito grande (terrorismo já é parte do noticiário diário, um pequeno exemplo). Junte isso com a história bem bolada mais algumas cenas de ação/efeitos (sem contar os flashbacks explicando o passado de V, que foi cobaia de vários experimentos médicos), sendo que a principal lembra muito Matrix, e temos um filme com entretenimento e com uma mensagem, uma ideologia por trás. Isso não é muito comum nos dias de hoje, principalmente em filmes voltados para o público mais jovem.
Uma alfinetada nos atuais governantes. V de Vingança traz conteúdo, além de conspiração, ação e até amor na sua trama. Uma história onde os papéis se invertem: o bandido é o mocinho e o malvado comanda a nação. É bem difícil que os jovens notem a moral do filme, a sua real ambição, mas foi uma tentativa muito válida além de corajosa. Porém, um fato é inegável: a máscara do V é muito melhor que a do protagonista da terrível (de ruim) série Pânico... ah, com toda certeza.