
Duração: 132 min.
Ano de Lançamento (EUA e ALE): 2006
Diretor: James McTeigue

A adaptação do HQ de Alan Moore é franco candidato a ser um dos melhores filmes do ano. O roteiro é produzido pelos irmãos Wachowski e, assim como em Matrix, é situado em um cenário futurista. O interessante do filme é que, indistintamente, o seu público alvo é o do cinema-pipoca, porém ao mesmo tempo ele é panfletário e passa essa mensagem sem nenhum disfarce. É muito clara a crítica em relação ao governo Bush (o ditador que mantém a ordem usando a opressão e o medo). É um ato louvável, ser voltado para tal público e mesmo assim possuir uma fortíssima carga de política e idealismo.

Infelizmente ainda não li o HQ, mas segundo comentários de quem conhece o trabalho de Moore, o resultado ficou bem fiel à obra original. Tecnicamente foi tudo muito bem trabalhado, fotografia, luz, trilha e efeitos (sonoros e especiais), sem falhas ou grosserias à parte. Quanto às interpretações, Hugo Weaving interpreta V de forma esplêndida, dando imponência e força ao personagem usando apenas a voz, pois o mesmo permanece com a máscara durante todo o filme. Natalie Portman está linda (mesmo de cabelo raspado) e eficiente como sempre e não deixa a desejar na reviravolta que seu personagem sofre em certa altura do filme.

Uma alfinetada nos atuais governantes. V de Vingança traz conteúdo, além de conspiração, ação e até amor na sua trama. Uma história onde os papéis se invertem: o bandido é o mocinho e o malvado comanda a nação. É bem difícil que os jovens notem a moral do filme, a sua real ambição, mas foi uma tentativa muito válida além de corajosa. Porém, um fato é inegável: a máscara do V é muito melhor que a do protagonista da terrível (de ruim) série Pânico... ah, com toda certeza.