sábado, 22 de outubro de 2005

Band of Brothers

Direção: David Frankel; David Leland; David Nutter; Mikael Salomon; Phil Alden Robinson; Richard Loncraine; Tom Hanks; Tony ToCom: Damian Lewis, Ron Livingston, Matthew Settle
Duração: 773 minutos (6 DVD's)
Ano de lançamento(EUA): 2001


Uma produção executiva de Steven Spielberg e Tom Hanks, a série retrata a trajetória da Compahnia Easy, Regimento da 101ª divisão de para-quedistas do exército norte-americano. É baseada no livro de Stephen E. Ambrose. A idéia de filmar a minissérie surgiu logo após o término das filmagens de Resgate do Soldado Ryan. A superprodução custou cerca de 120 milhões de doláres, sendo a mais cara da história da televisão.

A história conta a vida dos homens da companhia, desde o treinamento até a invasão na Europa, passando por diversas batalhas. Os soldados são retratados como homens comuns, com seus gostos, medos e etc. Para dar maior veracidade nas batalhas, os atores foram mandados para um campo de treinamento militar para atores por 10 dias, além de todos os roteiros terem sido levados para apreciação dos sobreviventes da Easy Company.

Vencedora de vários premios, inclusive de melhor minissérie no Oscar da televisão americana. É a reprodução cinematográfica que chega mais perto dos verdadeiros combates. Cheia de extras também, como making of e várias entrevistas com os veteranos da Airbone. É tecnicamente fantástico, deslumbrante e essencial para os apaixonados por filmes de guerra. Abaixo, screenshots.





































quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Monty Python em busca do Cálice Sagrado

Título Original: Monty Python and the Holy Grail
Duração: 91 minutos
Ano de lançamento (ING): 1975
Direção: Terry Gilliams e Terry Jones


A melhor comédia de todos os tempos. Criado pelos humoristas do grupo inglês Monty Python, o filme conta a história de Rei Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda, que saem em busca do Santo Graal, mas claro que do jeito deles.

São tantas as cenas engraçadas, como o próprio início, com o rei Arthur cavalgando sem cavalo, o cara recolhendo os mortos, os famosos cavalheiros que dizem “Ni”, o dono do castelo conversando com seus dois guardas, o cavaleiro negro, os guardas franceses, a aldeia querendo queimar uma “bruxa”, os menestréis do Sir Robin, a ponte da morte e mais algumas.

Como o filme é antigo, a produção é meio, como é que vamos dizer... “tosca”, como num filme B, mas o humor é inabalável. Poxa, nenhum dos defeitos, ou efeitos, tiram a graça. O que faltou foi mais tempo de filme, ele tem cerca de 90 minutos, é pouco para muitas risadas. Como prova disso, tem a sequência onde um aldeão anarquista responde para o Rei Arthur que "pegar a espada de uma vagabunda que saiu da água não é base para um sistema de governo". Perfeito.

Quem gosta de uma boa comédia, no estilo bem escrachado, ou algo parecido, um humor negro e sem compromissos vai gostar. Quem conseguir ver o que queriam um bando de ingleses agitando com seu próprio país, com a Idade Média, com Deus e o mundo, com certeza irá apreciar essa obra. E antes que eu me esqueça: NI!

Como Nasrudin criou a verdade

Khawajah Nasr Al-Din (Séc. XIV)

– As leis não fazem com que as pessoas fiquem melhores – disse Nasrudin ao Rei. – Elas precisam, antes, praticar certas coisas de maneira a entrar em sinfonia com a verdade interior, que se assemelha apenas levemente à verdade aparente.
O Rei, no entanto, decidiu que ele poderia, sim, fazer com que as pessoas observassem a verdade, que poderia fazê-las observar a autenticidade – e assim o faria.
O acesso a sua cidade dava-se através de uma ponte. Sobre ela, o Rei ordenou que fosse construída uma forca.
Quando os portões foram abertos, na alvorada do dia seguinte, o Chefe da Guarda estava a postos em frente de um pelotão para testar todos os que por ali passassem. Um edital fora imediatamente publicado: “Todos serão interrogados. Aquele que falar a verdade terá seu ingresso na cidade permitido. Caso mentir, será enforcado.”
Nasrudin, na ponte entre alguns populares, deu um passo à frente e começou a cruzar a ponte.
- Onde o senhor pensa que vai? – perguntou o Chefe da Guarda.
- Estou a caminho da forca – respondeu Nasrudin, calmamente.
- Não acredito no que está dizendo!
- Muito bem, se eu estiver mentindo, pode me enforcar.
- Mas se o enforcarmos por mentir, faremos com que aquilo que disse seja verdade! Isso mesmo – respondeu Nasrudin, sentindo-se vitorioso. – Agora vocês já sabem o que é a verdade: é apenas a sua verdade.

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Revisitando Clássicos - Parte I

O Silêncio dos Inocentes - Silence of the lambs (EUA - 1991)


A obra prima de Jonathan Demme, adaptação do livro homônimo de Thomas Harris, conta a história de Clarice Starling (Jodie Foster), uma agente do FBI, que procura o doutor intelectual ‘canibal’ Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), preso num manicômio, acreditando que ele conheça um serial killer que está à solta, esfolador de mulheres conhecido como Bufallo Bill. Porém, Hannibal promete colaborar apenas se ela fornecer alguns detalhes sobre sua vida.

O filme é um suspense psicológico. O grande mérito desse filme vai para a dupla Clarice e Lecter, que desenvolvem diálogos muito bons, que são praticamente a base do filme. Hopkins, numa atuação fantástica, consegue ser extremamente assustador usando apenas palavras, a composição de seu personagem é inesquecível, usando um olhar penetrante, voz suave, fala pausada e uma genialidade mortífera. O elenco todo também é muito bom, contando com Scott Glenn, Ted Levine e Anthony Heald, assim, obviamente, como a bela Jodie Foster.

O roteiro, criado com o próprio Thomas Harris e Ted Telly, é perturbador e inteligente, criando momentos de tensão que onde a sugestão assusta mais que o explícito. Quando Demme precisou mostrar sangue na tela, o fez com maestria, como na cena da fuga de Lecter.

Quanto a premiações, o filme arrebatou os cincos principais Oscars: melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor atriz e melhor roteiro adaptado. Essa façanha já havia sido alcançada por apenas dois filmes: em 1975 com “Um estranho no ninho”, de Milos Forman, e em 1934 com “Aconteceu naquela noite”, de Frank Capra.

Em resumo, essa obra serviu de base para todos os filmes de suspense que vieram após, como Seven, Na teia da aranha, Beijos que matam, além de reformular o gênero. Ainda tem a espetacular atuação de Anthony Hopkins, o filme já vale só por ele. Enfim, essa película é coisa finíssima. Clássico.