sexta-feira, 21 de julho de 2006

Diretor do filme de Arquivo X fala sobre continuação

Retirado do site Omelete

Todo mundo dá pitaco no possível novo filme de Arquivo X. Até o diretor do primeiro longa, de 1998, Rob Bowman (Reino de fogo, Elektra), foi consultado.

Em entrevista ao SCI FI Wire, ele disse que aceitaria dirigir o segundo - mas que ainda não o convidaram. "A única coisa é que eu não posso me convidar. Quem decide é Chris [Carter, criador da telessérie] e o estúdio [Fox]. Eu sempre repeti - e sempre acreditei, o que é mais importante - que mal posso esperar para ver um novo filme. Se me chamarem para participar, ótimo, mas se não me quiserem, também não tem problema", comentou Bowman enquanto promovia Nightmares & Dreamscapes: From the Stories of Stephen King, nova minissérie da TNT que tem dois episódios com a sua assinatura.

O caso é que a produção não sai do lugar. Até aqui, os alegados motivos de atraso no desenvolvimento do segundo filme de Arquivo X dizem respeito à demora de Carter em escrever o roteiro e acertar detalhes contratuais com a Fox. O ex-produtor-executivo da série, Frank Spotnitz, e os astros David Duchovny e Gillian Anderson, respectivamente os agentes Fox Mulder e Dana Scully, já têm contratos firmados.

Ainda não há uma data para o início do projeto. Bowman, que também já dirigiu episódios da série regular, segue fazendo sua propaganda com humildade. "Se eu não for o diretor, posso viver alegremente sabendo que já tive a minha participação. E se eu conseguir voltar, cara, vou me matar tentando fazer o melhor filme de que eu sou capaz."

domingo, 16 de julho de 2006

Preview: Wood e Stock - Sexo, Orégano e Rock'n'Roll

Baseado nos desenhos do cartunista Angeli, o filme conta a história de dois amigos, Wood e Stock, que viveram intensivamente o barato de todo o clima flower-power e a psicodelia dos anos 70. Porém, 30 anos depois, carecas e barrigudos, eles precisam enfrentar os problemas do mundo atual, como filhos, trabalho, impostos, contas pra pagar, enfim, coisas que não pertencem ao seus mundos. A solução será reviver a velha banda de Rock'n'Roll.

A direção será de Otto Guerra, e ainda terá a participação da Rita Lee emprestando sua voz a famosa Rê Bordosa, e Tom Zé como o profeta Raulzito. O diretor queria usar 3 músicas da banda Os Mutantes, mas como Sérgio Dias pediu muita grana, a idéia foi arquivada. Ganhou 3 prêmio noi Festival de Pernambuco, nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Rita Lee), Melhor Trilha Sonora e Prêmio Especial do Júri. Tem tudo para ser uma das melhores animações já produzidas no país. O site oficial do filme é http://www.woodstock.etc.br, e para baixar o trailer é só clicar aqui. Com certeza irá rolar muito sexo, Rock'n'Roll e, principalmente, oréganos.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Réquiem para um Sonho

Título Original: Requiem for a Dream
Ano de lançamento (EUA): 2000
Duração: 102 min.
Direção: Darren Aronofsky



'Pesado', 'assustador', 'forte', 'fantástico' e 'maravilhoso' são alguns dos adjetivos que caem como uma luva no filme Réquiem para um Sonho, segundo trabalho de Darren Aronofsky. Logo depois da sua estréia nas telonas, através do independente e ótimo Pi, ele mostra que não veio à toa lançando à adaptação do livro Last exit to Brooklin, escrito por Hubert Selby Jr. E já que em outubro deste ano deve estrear o seu novo filme, o aguardado The Fountain, nada melhor que revisar um pouco do seu último trabalho.

A história é centrada em quatro personagens principais: Sarah, uma senhora dona de casa, que tem uma vida pacata até receber um convite para aparecer no seu programa de tv favorito; Harry, filho de Sarah, que vive de trambiques para alimentar seu vício pela heroína e que irá formar um negócio com drogas; Marion, namorada de Harry, viciada em heroína também, cujo sonho é passar o resto da vida com seu namorado; e por fim tem Tyrone, também viciado, melhor amigo e futuro sócio de Harry.

Filme muito dinâmico, prova disso é que enquanto as maiorias dos filmes possuem cerca de 600 cortes, Réquiem tem em torno de 2000. Grande parte disso se deve as pequenas vinhetas que abreviam o uso das drogas, é como um pequeno flashback, cerca de 4 segundos, onde mostra a preparação da heroína, ela sendo injetada e correndo pelas veias, as pupilas dilatando até chegar ao êxtase. É um recurso interessante que mesmo sendo muito utilizado não fica repetitivo ou cansativo. Também foi bastante usado em Pi, tornando-se uma espécie de marca do diretor. Juntando com a fotografia impecável e a criatividade de Darren, que soube mesclar certos efeitos visuais e sonoros, como na aterrorizante e cruel seqüência final (pouco antes do término, com uma genial mudança na perspectiva da câmera), o resultado não poderia ter sido melhor. Outro fator que influenciou muito no conjunto da obra é a trilha sonora, que ficou a cargo de Clint Mansell. O que falar da música tema do filme então? No começo, enquanto tudo está bem, todos os personagens felizes e tal, ela até soa de uma maneira, assim digamos, simpática. Porém, no arrebatador desfecho, ela fica pesada, angustiante, sufocante, causando até arrepios, como se fosse a trilha se um pesadelo.

Quanto à atuação, todos os méritos vão para Ellen Burstyn, sendo uma das maiores injustiças da Academia não ter dado o Oscar para ela (a ganhadora foi Julia Roberts por Erin Brockovich). Ela foi perfeita em todos os sentidos, deixando isso bem claro numa seqüência onde Sarah fala para Harry: "Eu estou velha. E sozinha. Entrar no vestido vermelho e aparecer na televisão é um bom motivo para se levantar de manhã". A tristeza de Sarah, ao ver o filho ir embora, se sentido presa numa rotina até o final de seus dias, fica bem clara. Mas o convite para o programa de tv serve como uma fuga dessa realidade. Mas para caber no vestido vermelho, e voltar ao tempo onde era jovem e bela, ela precisa emagrecer, e para isso começa a tomar pílulas. Aí que começa seu abismo.

É bonito ver o amor entre Harry e Marion, é como se o mundo não existisse para eles dois. Mas ambos compartilham de um amor em comum: a heroína, que será a ruína para ambos. Réquiem fala sobre os sonhos, mas também trata de amor. Enquanto a venda de drogas, realizada por Harry e Tyrone, vai dando lucro, tudo é um mar de rosas. Mas o destino lhes reservava tempos muito difíceis, e a falta da droga começa a falar mais alto. Marion vai ao extremo para conseguir dinheiro, pois acredita que tudo voltara ao normal para eles, e faz com que o telespectador, pelo menos por um instante, acredite junto com eles. Apesar da situação, eles só pensam um no outro, até o último minuto. Porém essa história está longe, mas muito longe, de terminar como em um conto de fadas.

A maioria de nós possui vícios, sejam eles o café ou a necessidade de uma picada. Quem não tem sonhos? Sejam mirabolantes ou simples, como entrar num vestido vermelho, estamos todos vulneráveis a certas conseqüências se não medirmos esforços para alcançá-los. Pessoalmente, é um dos melhores filmes que vi em toda minha vida. Réquiem para um Sonho tem uma mensagem anti-drogas clara, mas não para por aí. É uma lição, uma fantástica experiência proporcionada por Aronofsky. É um filme que atordoa e angustia a mente de quem assiste.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Pablo Rebella, diretor do filme "Whisky", morre aos 32 anos

Retirado da Folha Online

O cineasta uruguaio Juan Pablo Rebella, co-diretor, ao lado de Pablo Stoll, do premiado filme "Whisky", morreu nesta quarta-feira em Montevidéu, aos 32 anos. Segundo a imprensa uruguaia, ele cometeu suicídio durante a madrugada.

Jornais do país informam ainda que não se sabem outros detalhes da morte, mas nesta quinta-feira foram convocadas a prestar depoimento as pessoas que encontraram o corpo.

Rebella nasceu em 1974, estudou Comunicação Social na Universidad Católica e pouco depois começou a trabalhar com Pablo Stoll, com quem dirigiu "25 Watts" e "Whisky", considerados pelos críticos como dois dos melhores filmes do cinema uruguaio.

"25 Watts" (2001) é um filme de muito baixo orçamento, rodado em 16mm, que narra um dia na vida de três amigos. Foi considerado melhor filme no Festival de Roterdã, melhor primeiro filme no Festival de Havana e melhor filme latino no Festival de Gramado.

Já "Whisky" (2004) fala sobre o dono de uma fábrica em Montevidéu que simula casamento com funcionária ao receber o irmão, que não vê há duas décadas, para celebração judaica no túmulo da mãe.

Ganhador de vários prêmios, "Whisky" venceu como melhor filme latino para os júris oficial e popular do Festival de Gramado; rendeu um kikito à atriz Mirella Pascual (Marta); ganhou o prêmio da crítica na mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes; venceu o Festival de Cinema de Havana e levou o Goya de melhor filme estrangeiro de fala hispânica, entre outros.

As duas produções poderão ser conferidas em São Paulo na próxima semana, dentro do Festival de Cinema Latino-Americano, que começa na segunda-feira (10). "25 Watts" será exibido na quarta-feira (12), às 21h, na sala 2 do Memorial da América Latina. Já a sessão de "Whisky" está marcada para quinta (13), às 19h, na sala Cinemateca.