terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cenas Violentas - Parte II

Por Luciano Evangelista


Precisamos distinguir entre duas espécies de violência. Se alguém usa violência contra aqueles que buscam a liberdade, isto não está certo. Mas, se aqueles que buscam a liberdade, usam a violência para consegui-la, tudo bem.
Michelangelo Antonioni


Irreversível, de Gaspar Noé:



O Albergue, de Eli Roth:



Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino:

18 comentários:

Wiliam Domingos disse...

Opa...estava ausente por aqui!
Pra mim a mais violenta é da de Cães de Aluguel, pelo contexto geral que ela tem no filme...
Mas a de Irreversível tb não é de se ignorar!
Abraço
http://eco-social.blogspot.com/

Ramon disse...

A violência de Irreversível tem um diferencial: ela demontra a raiva sentida pelo personagem, e exterioriza a vontade de vingança que temos quando pensamos em estupradores.
Para mim essa é a cena violenta mais marcante do cinema, pois ela traz reflexão, além do entretenimento explícito.

Ótima série de posts!

Anônimo disse...

Irreversívelmente maravilhosa essa cena!!!! Chocante e brutal!

Ronald Perrone disse...

Essa cena de Irreversível me atormenta desde a primeira vez que vi o filme há uns 4 anos atrás...

Anônimo disse...

Aqui a coisa pega, pois ainda não vi "Cães de Aluguel" e não gosto nada nada de "Irreversível" e "O Albergue", muito menos das cenas apresentadas...

Até mais!

Museu do Cinema disse...

Não concordo com a frase do Antonioni, estou mais para Ghandi...

Mas vamos comentar as imagens:

Irreversivel é um filmasso! E é uma ode a não violência!

O Albergue é carnificina pura, E é uma ode a violência!

Cães de Aluguel é um trabalho excepcional, a violência é crua, mas não é uma ode a nada, é apenas um filme que contém violência e não usa de artificios para ameniza-la.

Sou a favor do primeiro e do último, o segundo é retrocesso!

Boa discussão que podemos comparar ao sexo no cinema!

Museu do Cinema disse...

Só para ilustrar pq prefiro o Ghandi:

"Em uma palestra proferida em junho de 2002 na Universidade de Porto Rico o Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do MK Gandhi Institute, contou a seguinte história sobre a vida sem violência, na forma da habilidade de seus pais.

Eu tinha 16 anos e vivia com meus pais, na instituição que meu avô havia fundado, e que ficava a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul.

Vivíamos no interior, em meio aos canaviais, e não tínhamos vizinhos, por isso minhas irmãs e eu sempre ficávamos entusiasmados com a possibilidade de ir até a cidade para visitar os amigos ou ir ao cinema. Certo dia meu pai
pediu-me que o levasse até a cidade, onde participaria de uma conferência durante o dia todo. Eu fiquei radiante com esta oportunidade. Como íamos até
a cidade, minha mãe me deu uma lista de coisas que precisava do supermercado e, como passaríamos o dia todo, meu pai me pediu que tratasse de alguns assuntos pendentes, como levar o carro à oficina. Quando me despedi de meu
pai ele me disse:

"Vemos-nos aqui, às 17 horas, e voltaremos para casa juntos". Depois de cumprir todas as tarefas, fui até o cinema mais próximo. Distraí-me tanto
com o filme (um filme duplo de John Wayne) que esqueci da hora. Quando me dei conta eram 17h30. Corri até a oficina, peguei o carro e apressei-me a buscar meu pai.

Eram quase 18:00 horas. Ele me perguntou ansioso: "Porque chegou tão tarde?". Eu me sentia mal pelo ocorrido, e não tive coragem de dizer que estava vendo um filme de John Wayne. Então, lhe disse que o carro não ficara pronto, e que tivera que esperar. O que eu não sabia era que ele já havia
telefonado para a oficina. Ao perceber que eu estava mentindo, disse-me:

"Algo não está certo no modo como o tenho criado, porque você não teve a coragem de me dizer a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado a você. Caminharei as 18 milhas até nossa casa para pensar sobre isso".

Assim, vestido em suas melhores roupas e calçando sapatos elegantes, começou a caminhar para casa pela estrada de terra sem iluminação. Não pude deixá-lo
sozinho... Guiei por 5 horas e meia atrás dele... Vendo meu pai sofrer por causa de uma mentira estúpida que eu havia dito. Decidi ali mesmo que nunca mais mentiria. Muitas vezes me lembro deste episódio e penso: "Se ele tivesse me castigado da maneira como nós castigamos nossos filhos,
será que teria aprendido a lição?”.
Não, não creio. Teria sofrido o castigo e continuaria fazendo o mesmo. Mas esta ação não-violenta foi tão forte que ficou impressa na memória como se fosse ontem".

Acho que um dia ainda viveremos assim!

Kamila disse...

Luciano, das suas escolhas a minha favorita é a de "Cães de Aluguel".

Bom feriado!

Marcus Vinícius disse...

O Luciano fez ótimas escolhas, fico ainda com a de Irreversível também.

Meu caro amigo tricolor Cassiano, entendo o seu ponto mas infelizmente eu não consigo ser otimista desse jeito, isso é uma utopia. Prefiro o Simón Bolívar então.

Abraço!

Museu do Cinema disse...

Não vejo como utopia Marcus, pelo contrário, sou o cara menos utópico possivel, vejo como um crescimento, um avanço da humanidade, temos países da Europa que já são assim, ou pelo menos estão mais pertos que nós, o problema é só darmos o primeiro passo; sabermos que ainda somos bárbaros! Mas esse papo tá mais para O Albergue, que é a violência como forma de atração!

Marcus Vinícius disse...

Hehe, claro, claro. Não sou a favor da violência, mas tem horas que não tem outro jeito. Até evoluirmos nesse sentido vai levar alguns milhares de anos ainda... infelizmente.

Poxa, já pensou se o Patrício chega pro Beltrami dizendo "meu querido não foi pênalti, tu se enganou", lá nos Aflitos? Peitaço nele, ora! xD

Marfil disse...

Falta as clássicas cenas de guerra...Soldado Ryan é um bom exemplo

Anônimo disse...

As três cenas são todas bastantes violentas,mas pertencem a filmes de contextos totalmente diferentes.

A cena do extintor é realmente muito violenta,talvez a pior que tenha visto em um filme que o atrativo é outro,a história.

Cães de Aluguel é um clássico,e o interessante da cena é a tensão que ela provoca,sem apelar para o close da orelha sendo cortada.Uma jogada genial do Tarantino.

Entendo que O Albergue não é um filme como os outros.O Albergue é apenas mulheres e violência,nada de cenas fantásticas ou uma boa história.Mas o interessante é que o filme é despretensioso,e digamos até trash.O mal de filmes como ele é que alguns tentam encaixar histórias batidas e personagens clichês,e Albergue não tem preocupação nenhuma com isso.Enfim,escolhi a cena porque dá um arrepio desgraçado ver os tendões do cara sendo cortados,ou melhor,já cortados.

Wanderley Teixeira disse...

Cara,essas cenas de Irreversível são atordoantes, o suficiente para deixar olhos arregalados e perplexos com o que Noé conseguiu com a fita.O principal desses objetivos alcançados foi chocar as platéias.

Anônimo disse...

Dificilmente assisti nos últimos 5 anos cenas tão violentas quanto a do estupro da personagem de Monica Belluci e do cara sendo espancado com o extintor de incêndio em Irreversível. E olha que Cassino e Nascido para Matar são filmes de uma brutalidade sem igual também! Cães de Aluguel sempre entrará nesse tipo de lista, pois Tarantino é um mestre nesse estilo. Ninguém atualmente faz jorrar sangue na tela como ele. Faltou nessa lista aí Cartas de Iwo Jima e a cena do suicídio coletivo daqueles soldados japoneses.

(http://claque-te.blogspot.com): Possuídos, de William Friedkin.

Ramon disse...

Muito bem lembrado Roberto. A cena de Cartas de Iwo Jima é dramática. E é uma retratação histórica. Por isso entraria numa nova categoria de violência, diferentes das listadas nos comentários.

Dr Johnny Strangelove disse...

Cenas Fodas ... sem duvida ...
eheheeh
mas cade uma ceninha de Ichi ... só faltou Ichi nessa lista ...
eheheh
abraços amigo e veja lá as novidades do blog ...
até

Anônimo disse...

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