segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Labirinto do Fauno

Título original: El Laberinto del Fauno
Diretor: Guillermo del Toro
Duração: 112 min.
Ano de lançamento (MEX): 2006





Escrito e dirigido por Guillermo del Toro, o filme foi um dos destaques do último Oscar, levando 3 estatuetas para casa, além de arrematar vários outros prêmios, como BAFTA e Goya. O diretor novamente usa a guerra civil espanhola, já retratada pelo mesmo em A Espinha do Diabo, como pano de fundo para a trama e consegue um belíssimo resultado misturando fantasia com guerra em O Labirinto do Fauno.

A primeira vista, parece mesmo ser uma obra de fantasia, algo mais infantil, mas isso é só a primeira vista. O filme é pesado, forte, cruel. A história se passa após o final da Guerra Civil Espanhola, porém ainda sobraram alguns focos da Resistência. Carmen se muda com sua filha, Ofelia (interpretada muito bem por Ivana Baquero) para um acampamento militar fascista onde está o Capitão Vidal, seu marido. Certa noite, uma pequena fada guia Ofélia até um abandonado labirinto onde um Fauno, um ser mágico, lhe diz que está destinada a ser princesa em um reino distante, mas para isso ela precisa cumprir três tarefas antes.


Não tem como dizer de outra maneira: o filme é um verdadeiro espetáculo em todos os quesitos, da interpretação dos atores até a iluminação. Outro grande destaque é o ator Sergi López, que está impecável como o temível Capitão Vidal. Alias, uma das coisas que mais marca no filme é a brutalidade. Dois exemplos claros disso é o que acontece com os caçadores de coelhos e, após as batalhas, tanto os governistas quanto os rebeldes, passam pelos corpos dando um tiro em suas cabeças, para que não haja nenhuma dúvida de que estão mortos. Mas no meio disso tudo tem a pequena Ofelia, que surge como um sopro de esperança no meio de um inferno. O dúbio final encerra com chave de ouro, de certa forma deixando para que o espectador escolha em que acreditar O dúbio final encerra com chave de ouro e, de certa forma, deixando para que o espectador escolha em que acreditar.

Já é um franco favorito à melhor filme do ano, tendo em vista que assisti com quase 6 meses de atraso, infelizmente. O que seria do mundo sem a ingenuidade, a imaginação, a imagem do mundo pelos olhos de uma criança? Somente ódio, guerra, desespero? Posso ter extrapolado, mas para mim foi essa mensagem que ficou. Guillermo realmente ‘se puxou’ para criar algo ao mesmo tempo belo e cruel, colorido e cinzento, cheio de vida e cheio de sangue.

7 comentários:

Anônimo disse...

Realmente é um belo filme, Marcus. Guillermo del Toro superou todas as minhas expectativas e entregou um inesperado trabalho que mistura perfeitamente fantasia com realidade. O elenco é um grande destaque (em especial Sergi López e Ivana Baquero), contudo o que mais chama a atenção é a produção técnica, como a maravilhosa direção de arte e a maquiagem impecável. Um grande filme do cinema mexicano!

Abraço!

Wanderley Teixeira disse...

Está certo Marcus.Assisti a O Labirinto do Fauno ano passado,logo quando saiu no cinema e é mesmo fascinante.Gullermo Del Toro sabe aliar a fantasia e com a violência e horror e isso tudo sob a ótica de uma criança.Elementos que nunca seriam unidos com perfeição por outro diretor.Merece uma segunda conferida minha.

Dr Johnny Strangelove disse...

Olha ... não consigo ver esse filme ... estou louco pra ver mas sempre há algo a me atrapalhar ...
gostei do seu blog
vou relacionar ao meus ...
abraços

um aviso, sobre o site Angry Alien, eu sou dono da maior comunidade sobre o site no orkut, se alguem que vc conhece gosta
divulge para todos

Anônimo disse...

Puxa, Marcus! Valeu, me lembrou que esse é o primeiro filme que eu quero locar assim que entrar de férias... Primeiras impressões, sem tê-lo visto e sem ler seu texto (que comento assim que assistir ao filme): visual fantástico e cinema de verdade!

abraço!

Anônimo disse...

Você fica chateado se eu tirar uma estrela? Não sei... achei que faltou alguma coisa parao filme ser brilhante (mas é um belo filme sem dúvida). E o Doug Jones como o Fauno está simpelsmente fantástico (aliás, ele já tinha dado o show no Hellboy). Talvez se se tratasse de uma produção norte-americana teria feito mais sucesso entre os festivais (a velha hipocrisia contra o cinema latino!).

(http://claque-te.blogspot.com): Magnólia, de Paul Thomas Anderson.

Otavio Almeida disse...

Preciso rever! Aliás, a capa do DVD ficou sensacional! É um belíssimo filme de um dos dois melhores diretores mexicanos da atualidade. O outro é Alfonso Cuarón, claro.

Abs!

Kamila disse...

Marcus, "O Labirinto do Fauno" é um dos belos filmes do ano passado. Acho que o que mais me agrada nele é o fato de falar de um tema tão difícil utilizando a fantasia, o olhar inocente de uma criança.