Durante sua passagem pelo Festival de Cannes, Martin Scorsese revelou à imprensa que seu documentário sobre os Rolling Stones "está quase finalizado". O filme, que será lançado no segundo semestre, agora tem um título provisório: Shine a Light (nome da canção do grupo lançada em 1972 no álbum Exile On Main Street).
De acordo com Scorsese, o documentário fala sobre música e o "dom da interpretação", mostrando como os integrantes da banda se comportam no palco. "Mick Jagger, Keith Richards e Ron Woods se movimentam muito", disse o cineasta em entrevista à agência EFE.
Segundo ele, esse aspecto da banda será ressaltado através da montagem. Desta vez, Scorsese não trabalha com Thelma Schoonmaker, montadora de praticamente todos os seus filmes . Shine a Light está sendo editado por David Tedeschi, que trabalhou no documentário anterior do diretor , No Direction Home: Bob Dylan.
Em Cannes, Scorsese apresentou oficialmente a sua World Film Foundation, criada para recuperar e proteger grandes obras cinematográficas mundiais, e ministrou uma aula de cinema baseada em cenas de alguns de seus filmes.
Direção: Werner Herzog Ano de Lançamento (EUA): 2005 Duração: 100 min.
Documentário espetacular do diretor alemão Werner Herzog, um tributo à vida e morte de Timothy Treadwell, um ecologista que dedicou sua vida aos ursos. Ele passou 13 anos acampando durante os verões numa reserva florestal do Alasca estudando os ursos pardos, até juntamente com a namorada morrer devorado por um dos animais, em outubro de 2003.
Timothy praticamente largou tudo, inclusive o alcoolismo e uma vida problemática na adolescência, para poder estudar e ficar mais perto dos bichos e da natureza, sua verdadeira paixão. De certa forma não deixa de ser um ato nobre, mas também é uma fuga da realidade, da civilização em que ele não se encaixava e tanto repudiava, tanto que o mesmo deixa explícito o desejo de ser um urso (!) e sua tristeza cada vez que ele precisa sair da reserva, abandonar seus amados ‘vizinhos’. Um homem que se afastou quase que totalmente de tudo e todos para viver sozinho, no meio do nada, perto de uma das espécies mais ferozes do planeta com o intuito de protegê-los. Tudo que ele fez foi pela conservação dos animais da reserva. Não imaginava mais sua vida longe dessas criaturas, elas se transformaram na razão de sua existência. Infelizmente, sua morte foi causada por uma dessas criaturas por quais tanto zelava. Alguns indagam se era necessário proteger os ursos, afinal eles estavam dentro de uma reserva... Óbvio que sim, tanto que após a sua morte várias carcaças de ursos apareceram, fato que não foi incluído no filme.
Mas o próprio diretor faz o contra ponto do protagonista. Numa passagem, já que o diretor também é o narrador do filme, ele diz: “Ele parece ignorar que na natureza há predadores. Eu acredito que os denominadores comuns do universo são: o caos, a hostilidade e o assassinato”. Outra passagem diz o seguinte: “O que me assombra é que, em todas as caras de todos os ursos filmados por Treadwell, eu não descobri nenhuma simpatia, compreensão ou piedade. Vi apenas a impressionante indiferença da Natureza. Este olhar vazio revela apenas um interesse entediado por comida”. Herzog não compartilha da mesma visão romântica sobre a natureza de Treadwell e deixa isso bem claro. Os depoimentos do médico-legista, da ex-namorada, de amigos, de pessoas que diziam que ‘ele teve o que merecia’, completam as opiniões. Outra coisa que fica clara é admiração de Herzog pelo diretor Timothy, visto que ele deixou centenas de horas de vídeo com imagens, tomadas e seqüências deslumbrantes (uma briga de ursos, por exemplo), esquecendo momentaneamente a justificativa ecológica dele.
Talvez ele devesse ser mais prudente sim, mas ações como a sua fazem do mundo um lugar melhor. Timothy Treadwell dedicou grande parte de sua vida a proteger os ursos, quando na realidade foram eles que o salvaram, mas que por ironia do destino veio a falecer por meio de um deles. Um trabalho com o olhar dedicado e delicado de Herzog, que ao mesmo tempo em que explora a forte e instável personalidade do ecólogo, também questiona a relação ‘ser humano – natureza’, sendo essa última tão necessária e importante quanto impiedosa.
Começa hoje o 60º Festival de Cannes, uma das premiações mais importantes do cinema. Abrindo a competição, My Blueberry Nights, de Wong War Kai. Abaixo algumas das obras que, a princípio, tem tudo pra serem os destaques do festival:
Paranoid Park, de Gus Van Sant
My Blueberry Nights, de Wong War Kai
No Country for Old Man, de Ethan e Joel Coen
Zodíaco, de David Fincher
Grindhouse, de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino
Estreiou em todo o Brasil na última sexta-feira a parte final da trilogia sobre a vingança de Chan-wook Park, Lady Vingança. Le Geum-Ja é presa e condenada a 13 anos prisão pelo sequestro e assassinato de um garoto de 6 anos, quando na realidade ela quer encobrir o verdadeiro culpado, que é o seu namorado. Porém, ao descobrir que está sendo traída, ela elabora um minucioso plano de vingança para ele. 13 anos depois, ao sair da prisão, ela começa a por seu plano em prática.
Precedido por Sr. Vingança (ainda inédito em terras tupiniquins) e Old Boy, Lady Vingança é visualmente o mais rebuscado dos três, segundo críticas. Park é conhecido pela singular estética visual de seus filmes e também pela violência, claro. O diretor coreano, que é um dos preferidos de Quentin Tarantino, finalizou ano passado a sua comédia romântica I'm a Cyborg, but that's Ok (sem previsão de estréia no Brasil) e começou a produção de Evil Live, previsto para 2008. Abaixo, confira o trailer.
As reuniões de acionistas do Marvel Studios sempre são boas fontes de informação sobre os futuros filmes de super-heróis da casa. Terça-feira ocorreu a do primeiro trimestre de 2007, e o presidente do conselho, David Maisel, repassou a agenda.
São cinco os filmes atualmente em desenvolvimento solo da Marvel (sem grandes estúdios envolvidos na realização dos filmes e com distribuição da Paramount): Capitão América, Thor, Homem-Formiga, Nick Fury e Os Vingadores. A novidade é que dois deles, informa Maisel, devem sair em 2009. Que comecem as apostas...
Com data marcada estão Homem de Ferro (2 de maio de 2008 - aproveitando a época já consagrada pelo Homem-Aranha) e The Incredible Hulk (13 de junho de 2008).
Nightwatching, próximo filme do diretor Peter Greenaway (O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante) e do produtor Kess Kasander, já está disponível no YouTube. O projeto é inspirado numa famosa obra de Rembrandt: A Mudança de Guarda da Companhia do Capitão Frans Banning Cocq, mais conhecida como A Ronda Noturna (clique aqui para ver o quadro).
Após várias tragédias, como a perda da esposa e dos filhos, Rembrandt passa a ser acusado de pintar o que quer, não o que lhe é encomendado. Isso tem início após o Capitão Cocq não aceitar o quadro que encomendou, indagando o preço e o resultado, já que a companhia aparece mais do que ele próprio. A partir de então, processos e ações judiciais vão acabando com sua fortuna. O elenco conta com Martin Freeman (Guia do Mochileiro das Galáxias), Emily Holmes (O Sacrifício), Nathalie Press (Marcas da Vida) e Michael Teigen (Louco por elas).
Durante a coletiva de imprensa de 300, um dos produtores do filme, Gianni Nunnari, anunciou que adaptaria ao cinema outra HQ de Frank Miller, Ronin. Agora o projeto encontra um estúdio.
Nunnari havia dito que a Warner Bros. tinha prioridade, já que havia tirado 300 do papel. Pois a WB acaba de confirmar que financiará o filme, com Nunnari na produção e, na direção, Sylvian White, ex-diretor de videoclipes e comerciais, responsável pelo drama musical Stomp the Yard, sucesso de bilheteria no começo deste ano.
A minissérie conta a história de um ronin, o errante samurai sem mestre da cultura milenar japonesa, que renasce na corrupta Nova York do século 21 atrás de redenção, contra a reencarnação do demônio Agat. A idéia é rodar o filme diante do fundo monocromático, para inserir os cenários digitalmente.
Ainda não há uma data prevista para o início das filmagens.
A história da vida de Leni Riefenstahl, diretora favorita de Adolf Hitler, será levada às telas e terá Jodie Foster (O Plano Perfeito) como protagonista. O projeto está em desenvolvimento há cerca de sete anos e está sendo escrito por Rupert Walters (O Outro Lado da Nobreza).
Riefenstahl tornou-se conhecida por seus filmes de propaganda nazista e por sua técnica, sendo que O Triunfo da Vontade, documentário de 1934 que glorificava Hitler, é considerado um dos maiores trabalhos de propaganda já feitos.
Até a data de sua morte em 2003, aos 101 anos, Riefenstahl recusou-se a colaborar com a cinebiografia, por achar que Foster não iria deixá-la alterar informações que rejeitasse. Na sua opinião, a atriz que deveria interpretá-la no cinema seria Sharon Stone.
Um diretor para o projeto deverá ser anunciado dentro dos próximos três meses e, de acordo com o jornal britânico The Guardian, até o fim de 2008 as filmagens já terão começado.
Segundo Gabriele Bacher (My Kingdom), produtora do filme, o longa não terá muito apelo político. “O fascinante é a forma como sua genialidade é usada. O modo mais forte de tentar entendê-la é caminhar junto a ela”, disse.
O filme segue a tendência de recentes produções alemãs, como A Queda, de retratar personagens envolvidos com o nazismo de forma mais humana e aprofundada em seus sentimentos.