quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Violação de Privacidade

Direção: Omar Naim
Com: Robin Willians, Mira Sorvino e James Caviezel
Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2004


Eu tinha uma esperança de que esse filme seria muito bom, estava com uma ótima espectativa sobre ele. Estava. A história é mais ou menos assim: algumas pessoas possuem em seu cérebro um implante de memória, comprado por seus pais antes mesmo de nascerem, que registra todos os fatos ocorridos em sua vida. Após sua morte este implante é retirado e, com o material nele existente, é editado um filme sobre a vida da pessoa, que é exibido em uma cerimônia póstuma chamada Rememória. Alan Hakman (Robin Williams) é o melhor montador de filmes para a Rememória em atividade, usando seu talento para preparar filmes que concedam a absolvição ao morto em relação aos erros por ele cometidos em vida. Por se dedicar ao trabalho, Alan se torna uma pessoa distante e incapaz de viver sua própria vida. Ele se considera uma espécie de "devorador de pecados", acreditando que seu trabalho seja um meio de perdoar os mortos e que, de alguma forma, este perdão também chegue para ele próprio. Porém, quando busca por material em um implante para a Rememória de um diretor da empresa que fabrica os chips, Alan encontra a imagem de uma pessoa que marcou sua infância. É quando Alan decide iniciar uma busca pela verdade sobre esta pessoa, em uma tentativa pessoal de conseguir sua redenção por um erro do passado.

Sinceramente, nem a atuação de Robin Willians salva o filme do fracasso. A temática do filme é muito boa. A idéia de que uma empresa pode gravar a vida de uma pessoa é fantástica mesmo, desde seu nascimento, passando pela adolescencia até o exato momento da morte. Isso criaria implicações como o direito da privacidade, do livre arbítrio (pois os implantes são colocados antes do nascimento), quem seria qualificado o suficiente para editar as memórias de alguém, da manipulação que isso causaria, enfim, um caminhão de problemas éticos. Mas o diretor não soube explanar e ampliar isso no filme. Se prendeu mais vida cheia de culpa que Alan leva, e fez isso mal. Além do mais, a trama não embala em nenhum momento, com raros momentos de tensão. Era para ser um filmaço, com um bom elenco, mas não emplacou. Apesar do monstro, no bom sentido, do Robin Willians, é um filme muito fraco.
Fonte: Adoro Cinema

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Retorno do Poderoso Chefão


Chegou às lojas norte-americanas o livro 'The godfather returns' ('O retorno do poderoso chefão'), livro escrito por Mark Winegardner depois que ele ganhou um concurso promovido pela editora Random House e pelos herdeiros de Mario Puzo.

A obra tem recebido críticas bastante diversificadas e em menos de 10 dias já entrou em sua quarta edição. A história do livro se passa entre o primeiro e o segundo filmes, com Michael Corleone ignorando uma trégua com a máfia de Chicago e levando sua família para o oeste, onde ele acredita que um dia eles conseguirão limpar seus negócios e torná-los legítimos.

No entanto, a história não deve ter agradado a Paramount Pictures, que tenta há vários anos produzir um quarto filme para uma das melhores séries já produzidas pelo cinema. É que a decisão de situar o livro várias décadas no passado não permite que se aproveite o mesmo elenco do original, já que Al Pacino - o ator principal - tem agora o dobro da idade necessária.

De qualquer forma, Winegardner não será o responsável pela adaptação. "Filmes são um processo de extrema colaboração", ele comentou. "Prefiro permanecer como um autor de romances, pois assim fico com o total controle criativo da obra. Sou os atores e o diretor, sou Deus. E quem prefere deixar de ser Deus?", comentou ao site tallahassee.com.

Originalmente, os planos para o quarto filme da série seriam baseados num trecho do livro não adaptado para as telas, no qual duas linhas temporais correriam paralelamente. A primeira seria ambientada nos anos 30, durante a juventude de Sonny Corleone. A segunda mostraria o Vincent Corleone comandando o império mafioso de sua família, que assumiu no terceiro filme. A Paramount ainda não se manifestou oficialmente sobre o novo longa.

domingo, 7 de agosto de 2005

Walter Salles dirigirá "Pé na estrada", de Kerouac



Agora é oficial: o diretor de "Água Negra", Walter Salles, irá ser o diretor de "Pé na estrada", baseado no livro de Jack Kerouac, marco da geração Beat. Quem possui os direitos do livro é o "Poderoso Chefão" Francis Ford Coppola, que os comprou em 1979.

"O livro é inerentemente difícil de adaptar para as telas e nunca tínhamos conseguido encontrar a combinação certa de diretor e escritor para fazê-lo até agora", disse Coppola à Hollywood Reporter.

Junto com Salles na direção, o filme contará com Jose Rivera, que escreve o roteiro. Ele também roteirizou "Diários de Motocicleta". Ainda não foram definidos atores. A escolha do elenco deverá começar em 2006, onde também deve iniciar as filmagens. O filme será uma produção da American Zoetrope, produtora de Coppola, e Focus Features.

"'Pé na Estrada' é um livro seminal que deu voz a toda uma geração, capturando sua sede de experimentação, relutante em aceitar as verdades impostas, e sua insatisfação com o status quo", disse Salles, que ainda acrescentou: "É tão moderno hoje quanto foi quatro décadas atrás".

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Edukators - Os edukatores

Direção: Hans Weingartner
Com Daniel Brühl, Julia Jentsch e Stipe Erceg.
Duração: 126 minutos
Ano de Lançamento (Alemanha): 2004


Jan (Daniel Brühl) e Peter (Stipe Erceg) são dois jovens revolucionários convictos de seus ideais. Intitulam-se como “Os Educadores”, e suas ações são pacíficas: invadem casas de ricos e desarrumam seus móveis e objetos, deixando mensagens de protestos. A namorada de Peter, Jule (Julia Jentsch), foi processada por ter batido no carro de um milionário, e praticamente passa a sua vida trabalhando para pagar a dívida, no valor de 100 mil euros, fazendo com que ela tenha que se mudar de seu apartamento. Como Peter vai viajar por um tempo, Jan vai ajudá-la na mudança. Eles acabam se conhecendo melhor e Jan acaba contando que eles são os Educadores. Jule insiste que eles dois invadam a casa do milionário responsável pelo seu processo. Eles acabam indo e fazem a maior zona no lugar, mas Jule esquece o seu celular na casa. No outro dia eles resolvem voltar lá para buscar o aparelho, mas ao chegar lá, o empresário os surpreende, sendo a única saída para não acabarem presos seqüestra-lo.

O filme, na opinião deste, é muito bom, por tratar de questões como ideais, princípios, e sobre as lutas pessoais visando um mundo melhor, tendo como elemento principal à crítica ao sistema. O filme flui muito bem, alternando os momentos cômicos com a tensão, presente durante praticamente todo o filme. Ah, a trilha sonora também é legal. Enfim, um excelente filme do circuito alternativo.