Ano de lançamento (JAP): 2004
Duração: 141 min.
No final do século XXI, após 50 anos de uma desgastante guerra entre a Europa e a Federação do Leste, para decidir a hegemonia do continente agora chamado Eurásia. Porém essa guerra devasta o planeta inteiro, trazendo poluição e doenças devido às armas químicas e biológicas. Mas uma esperança surge com Dr. Azuma, um geneticista que precisa de patrocínio para pesquisar as "neo-células" (analogia as células tronco), que podem recuperar ou restituir órgãos sem riscos de rejeição, com o objetivo de curar sua esposa. Seu filho, Tetsuya, que está noivo de Luna, decide ir a guerra, entrando em conflito com seu pai, pois para Azuma ele deveria estar junto com sua mãe, cuidando-a. Cada um segue seu rumo e seus interesses e não se falam mais. A guerra acaba com a Federação do Leste vitoriosa, as pesquisas de Azuma não dão frutos e não há notícias de Tetsuya.
Algo misterioso acontece então, um relâmpago metalizado atinge as pesquisas do Dr. Azuma dando vida aos experimentos, nascendo assim os "neo-sapiens" que são logos assassinados por um pequeno exército. Apenas alguns escapam da dizimação e juram construir uma tropa e destruir toda a humanidade. Quem salvará o mundo do ataque? Esse alguém vive dentro de Tetsuya.
Antes de tudo, merece destaque a beleza visual, com uma fantástica fotografia. O filme é praticamente todo em "blue screen", produzido como "Capitão Sky e o Mundo de Amanhã", onde atores interagem com um cenário virtual. É o maior marco desse estilo de cinema. São cores que explodem na tela, parecem saídas de uma obra de arte. Interessante que cada local tem uma personalidade cromática, sendo o laranja predominante nos centros urbanos, cinza no Setor 7 e assim por diante.
Mas o que faz "Casshern" ser tão apaixonante é o fato de abranger temas como amizade, família, ética, filosofia, política, religião e ainda ser um filme de ação-ficção-científica. Uma família foi rompida pelo conflito de interesses entre pai e filho (pela morte e pela guerra), a busca desesperada de um marido pela cura da esposa, o extermínio de um grupo de pessoas, de uma raça por ser diferente das demais, a fé de que algo pode ser feito para mudar o futuro, além de ter uma mensagem antibélica muito forte, como se fosse um filme panfletário contra a guerra. Como se já não fosse o bastante, as seqüências de ação são espetaculares, onde a pancadaria come solta, mas isso está em segundo plano. Também é um filme que faz pensar, frustrando os telespectadores preguiçosos, que aceitam histórias prontas, negando as que necessitam de um pouco de compreensão. É o caso do estranho raio que traz vida aos "neo-sapiens", algo que lembra o monólito negro de "2001: Uma odisséia no espaço". Você pode formular sua teoria sobre o fato, dando liberdade às idéias de cada um.
"Casshern" é emocionante, sério, político. Confesso que não contive as lágrimas, fiquei paralisado até o final dos créditos. Passa uma mensagem belíssima, visualmente deslumbrante e ainda é um estrondoso entretenimento. Mais uma prova do crescimento do cinema oriental e das novas tecnologias cinematográficas. Ainda bem que existem filmes como esse.
Duração: 141 min.
No final do século XXI, após 50 anos de uma desgastante guerra entre a Europa e a Federação do Leste, para decidir a hegemonia do continente agora chamado Eurásia. Porém essa guerra devasta o planeta inteiro, trazendo poluição e doenças devido às armas químicas e biológicas. Mas uma esperança surge com Dr. Azuma, um geneticista que precisa de patrocínio para pesquisar as "neo-células" (analogia as células tronco), que podem recuperar ou restituir órgãos sem riscos de rejeição, com o objetivo de curar sua esposa. Seu filho, Tetsuya, que está noivo de Luna, decide ir a guerra, entrando em conflito com seu pai, pois para Azuma ele deveria estar junto com sua mãe, cuidando-a. Cada um segue seu rumo e seus interesses e não se falam mais. A guerra acaba com a Federação do Leste vitoriosa, as pesquisas de Azuma não dão frutos e não há notícias de Tetsuya.
Algo misterioso acontece então, um relâmpago metalizado atinge as pesquisas do Dr. Azuma dando vida aos experimentos, nascendo assim os "neo-sapiens" que são logos assassinados por um pequeno exército. Apenas alguns escapam da dizimação e juram construir uma tropa e destruir toda a humanidade. Quem salvará o mundo do ataque? Esse alguém vive dentro de Tetsuya.
Antes de tudo, merece destaque a beleza visual, com uma fantástica fotografia. O filme é praticamente todo em "blue screen", produzido como "Capitão Sky e o Mundo de Amanhã", onde atores interagem com um cenário virtual. É o maior marco desse estilo de cinema. São cores que explodem na tela, parecem saídas de uma obra de arte. Interessante que cada local tem uma personalidade cromática, sendo o laranja predominante nos centros urbanos, cinza no Setor 7 e assim por diante.
Mas o que faz "Casshern" ser tão apaixonante é o fato de abranger temas como amizade, família, ética, filosofia, política, religião e ainda ser um filme de ação-ficção-científica. Uma família foi rompida pelo conflito de interesses entre pai e filho (pela morte e pela guerra), a busca desesperada de um marido pela cura da esposa, o extermínio de um grupo de pessoas, de uma raça por ser diferente das demais, a fé de que algo pode ser feito para mudar o futuro, além de ter uma mensagem antibélica muito forte, como se fosse um filme panfletário contra a guerra. Como se já não fosse o bastante, as seqüências de ação são espetaculares, onde a pancadaria come solta, mas isso está em segundo plano. Também é um filme que faz pensar, frustrando os telespectadores preguiçosos, que aceitam histórias prontas, negando as que necessitam de um pouco de compreensão. É o caso do estranho raio que traz vida aos "neo-sapiens", algo que lembra o monólito negro de "2001: Uma odisséia no espaço". Você pode formular sua teoria sobre o fato, dando liberdade às idéias de cada um.
"Casshern" é emocionante, sério, político. Confesso que não contive as lágrimas, fiquei paralisado até o final dos créditos. Passa uma mensagem belíssima, visualmente deslumbrante e ainda é um estrondoso entretenimento. Mais uma prova do crescimento do cinema oriental e das novas tecnologias cinematográficas. Ainda bem que existem filmes como esse.