Ôdishon, Takashi Miike, 115 min., 2000.
Ayoama, executivo de uma empresa e viúvo desde quando o filho era pequeno, decide se casar novamente. Para terminar com sua solidão, com ajuda de um amigo, ele monta uma falsa audição de um filme para achar uma mulher que preencha todas as suas exigências. Nessa audição que ele conhece Asami, fica simplesmente encantado pela moça e começa a sair com ela. Porém, o ar misterioso de Asami indica que ela esconde vários segredos...
Considerada a obra que alavancou Miike para o reconhecimento internacional, diretor conhecido pela temática violenta e extremista, Audition começa com um ritmo lento até, como se fosse um "filme normal"assim digamos. Seu foco, até certa altura, é na paixão que Ayoama cria por Asumi. Após passarem uma noite juntos, ela simplesmente desaparece. Cego de paixão, ele vai atrás dela e percebe que realmente nunca soube de sua vida, onde ela mora, onde trabalha e etc., e aí começa a parte Takashi Miike do filme.
Tudo que ficou guardado durante o filme desenboca no ato final, cujo ápice é uma seqüência de tortura absurdamente agoniante. Mescla terror e suspense com surrealismo nos delírios do personagem, o clima sereno e melancólico que tomava conta do filme agora dá todo espaço para a escuridão e terror. Não é de se espantar que, no festival de Rotterdam, no ano 2000, várias pessoas deixavam a sala nesse momento e na Suiça uma desmaiou durante a sessão. É algo óbvio, mas Miike não é para todos, no mínimo o que se precisa é ter estômago para aguentar os desvaneios dele. Apesar disso, Audition choca mais pela crueldade, não pela violência. Ichi: O Assassino é muito mais violento e sanguinolento, mas a tal tortura faz qualquer um sentir calafrios.
Esse é o cinema desse japonês maravilhosamente sem noção e demente, às vezes suberversivo, às vezes engraçado, usualmente violento e mesmo que não seja para todos os gostos (e estômagos), sempre bom de se assistir. Mas como dizia Tarantino, violência é uma das coisa mais engraçadas que se pode assistir. Violento também é o choque que ele insiste em infligir no espectador, enfiando guela abaixo de quem assiste qualquer reação que este venha a ter.
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Ayoama, executivo de uma empresa e viúvo desde quando o filho era pequeno, decide se casar novamente. Para terminar com sua solidão, com ajuda de um amigo, ele monta uma falsa audição de um filme para achar uma mulher que preencha todas as suas exigências. Nessa audição que ele conhece Asami, fica simplesmente encantado pela moça e começa a sair com ela. Porém, o ar misterioso de Asami indica que ela esconde vários segredos...
Considerada a obra que alavancou Miike para o reconhecimento internacional, diretor conhecido pela temática violenta e extremista, Audition começa com um ritmo lento até, como se fosse um "filme normal"assim digamos. Seu foco, até certa altura, é na paixão que Ayoama cria por Asumi. Após passarem uma noite juntos, ela simplesmente desaparece. Cego de paixão, ele vai atrás dela e percebe que realmente nunca soube de sua vida, onde ela mora, onde trabalha e etc., e aí começa a parte Takashi Miike do filme.
Tudo que ficou guardado durante o filme desenboca no ato final, cujo ápice é uma seqüência de tortura absurdamente agoniante. Mescla terror e suspense com surrealismo nos delírios do personagem, o clima sereno e melancólico que tomava conta do filme agora dá todo espaço para a escuridão e terror. Não é de se espantar que, no festival de Rotterdam, no ano 2000, várias pessoas deixavam a sala nesse momento e na Suiça uma desmaiou durante a sessão. É algo óbvio, mas Miike não é para todos, no mínimo o que se precisa é ter estômago para aguentar os desvaneios dele. Apesar disso, Audition choca mais pela crueldade, não pela violência. Ichi: O Assassino é muito mais violento e sanguinolento, mas a tal tortura faz qualquer um sentir calafrios.
Esse é o cinema desse japonês maravilhosamente sem noção e demente, às vezes suberversivo, às vezes engraçado, usualmente violento e mesmo que não seja para todos os gostos (e estômagos), sempre bom de se assistir. Mas como dizia Tarantino, violência é uma das coisa mais engraçadas que se pode assistir. Violento também é o choque que ele insiste em infligir no espectador, enfiando guela abaixo de quem assiste qualquer reação que este venha a ter.
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