segunda-feira, 31 de março de 2008

Produtor fala sobre adaptação de 'Metal Gear Solid'

Retirado do site Omelete
Imagens do jogo Metal Gear Solid 4 - Guns of the Patriots, para PS3

O produtor Mike De Luca, cujo currículo inclui filmes como Boogie Nights, Blade, Magnólia, Uma História Americana, Austin Powers 2 e outras cinquenta produções de renome, irá cuidar de um grande desafio. Durante o lançamento de seu mais novo filme, Quebrando a banca (21, 2008), ele falou sobre um dos mais aguardados projetos baseados em videogames em andamento: a adaptação para as telas da consagrada e revolucionária saga Metal Gear Solid. Confira abaixo sua entrevista dada para o Collider e publicada pelo Omelete.


O que você está planejando para fazer, finalmente, um filme baseado em games que seja arrebatador?

Mike De Luca: Para mim, adaptar um videogame não é diferente de adaptar um livro ou peça ou qualquer outra mídia. Você deve tentar buscar ali o que você precisa para realizar um filme. Com livros, você tenta compensar de alguma maneira o fato de que você, no filme, não estará dentro da cabeça do protagonista. Com os games você precisa compensar a perda da interatividade. O que torna os games divertidos é ser o personagem, sentar-se em frente à tela e comandar um universo - é uma experiência em primeira pessoa. Quando você está no cinema não tem opção a não ser acompanhar a história que o roteirista e o diretor montaram. Não há qualquer interatividade, então o game tem larga vantagem, pois você simplesmente não terá a adrenalina que vem com o controle. Cabe a nós equilibrarmos isso dando a dose de adrenalina que você estará perdendo.

Com isso eu percebo que há um patamar altíssimo a ser superado pelo cinema baseado em games. Isso é algo que os filmes que foram feitos até hoje não levaram em conta. Os produtores sempre pensaram que os games já têm um público estabelecido, que irá ver o filme de uma forma ou de outra. Tremendo engano. Com o primeiro filme de Mortal Kombat tentamos honrar o tipo de ação e personagens no qual o game foi inspirado - algo na linha de Operação Dragão - e não jogar na cara do público uma história qualquer com aqueles personagens. Aqui, em Metal Gear, vamos explorar aquele história meio "Caim e Abel" entre Solid Snake e Liquid Snake e a relação dos dois com seu pai, além de levar em conta a história que está sendo desenvolvida para Metal Gear Solid 4... mas isso é algo possível apenas porque MGS é uma das séries de games que mais têm conteúdo.


Será um desafio, afinal, esse universo é riquíssimo e Hideo Kojima é tipo um George Lucas, um criador de mundos. É uma história que pode ser bastante incisiva em termos de futurologia, mas ao mesmo tempo meio satírica, na linha de um Robocop. Estamos buscando um roteiro que honre a história dos quatro jogos e que tenha uma estética cinematográfica como a que [Paul] Verhoeven mostrou em Robocop. Ou mesmo algo na linha que os Wachowskis apresentaram em The Matrix. Não podemos mexer no "DNA" do jogo e temos que entregar um filme que seja uma adaptação e que ao mesmo tempo tenha sua identidade própria - algo que, mesmo que você nunca tenha jogado o game, te dê a mesma sensação que você teve ao sair do cinema depois de Matrix ou Robocop. Esse é o objetivo, pelo menos.

Essa série é um verdadeiro ícone para o Playstation e como os direitos de adaptação estão com a Sony - que é dona do console - a empresa não deve estar poupando esforços para fazer o filme direito...

Mike De Luca: Não estão. Esse filme pode vender muitos Playstations. Há muita coisa em jogo.

Vocês já pensaram se esse será um filmão de 100 milhões, um filme de verão, ou algo mais modesto?

Mike De Luca: Não. Mas todo mundo sabe que é um filme grande. Não queremos que seja gigantesco, desses filmes caríssimos e enlouquecedores, mas será grande sim.

Há boatos na Internet de que ele pode ser adaptado por Kurt Wimmer.

Mike De Luca: Ele é uma das pessoas nas quais estamos pensando para escrever o filme. Queremos que ele apresente suas idéias para a adaptação, mas ele não foi contratado, nem nada. É o processo natural das coisas... você pega a obra original, a entrega a um grupo de escritores e vê quais são as idéias deles. A idéia que for mais empolgante tem grandes chances... é quase uma seleção de elenco, com o roteirista no lugar do ator. Nesse caso, Kojima a Sony e nós, produtores, vamos ouvir as idéias e teremos muitas discussões até batermos o martelo em uma delas.



Comentários: Talvez haja uma luz no fim do túnel, a esperança é que saia, pelo menos, um filme decente e que respeite a grandiosidade da obra original. Será que o Kurt Russel, que serviu de inspiração para o personagem principal (Snake Plissken, de Fuga de NY, de John Carpenter) não poderia ser usado no projeto de alguma fora? E Mike, a série tem na cronologia oficial 6 jogos, sem contar o MGS4. Talvez fosse melhor adaptar os jogos que saíram para o quase desconhecido MSX, seria mais simples e focaria na relação Solid Snake - Big Boss.
Agora, Kurt Wimmer... não né, pelo amor de deus.
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quinta-feira, 27 de março de 2008

Terminator: Sarah Connor Chronicles

Site oficial: http://www.fox.com/terminator/

Nada de Arnold Schwarzenegger brandando “I’ll be back” ou “Hasta la vista, Baby” e explodindo metade de Los Angeles para achar a tal mãe de John Connor, mas ainda assim é muito bom ver o que acontece em Sarah Connor Chronicles. A continuação da franquia no formato de seriado foi uma grata surpresa, o resultado foi muito bom até então. Mesmo não sendo um fã ardoroso do T-800, sou apenas um admirador dessa grande obra de ficção científica, confesso que torci o nariz quando ouvi falar da série.

A história se passa após o Exterminador do Futuro 2, quando Sarah, com a ajuda de T-800 (leia-se Arnoldão) conseguem derrotar o T-1000 enviado para tirar a vida de John Connor. Tudo começa com John e Sarah foragidos, fugindo pelo país, até que um novo exterminador, Cromartie, os encontra. Ao mesmo tempo, uma exterminadora em forma de adolescente, Cameron, é mandada para proteger John. Cansada de fugir, Sarah decide então acabar com a Skynet (computador responsável pela quase extinção da raça humana e que dominou o mundo no futuro), liquidando seus criadores.


Os destaques de atuação ficam para as duas principais mulheres do elenco, Lena Headey e Summer Glau, respectivamente Sarah e Cameron. Lena não consegue uma atuação marcante e forte como a de Linda Hamilton, mas consegue fazer uma personagem tão marrenta e casca-grossa quanto a original. Já a cativante Summer Glau, com seus grandes e belos olhos, é bem convincente no papel do robô exterminador. O roteiro se encaixa no contexto geral da história e a trama vai sendo bem desenvolvida através dos episódios (pelo menos até então).

Sarah Connor Chronicles foi uma boa surpresa e pode render muito mais no futuro. Acredito que não deve decepcionar os fãs ardorosos da saga criada por James Cameron. O seriado passa nos EUA na FOX e deve vir pro Brasil pela Warner Channel ainda esse ano, provavelmente. Mais uma série que vale a pena dar uma olhada.
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quinta-feira, 20 de março de 2008

Sintonia entre sons, imagens e palavras...




Eddie Vedder - Guaranteed

"Wind in my hair, I feel part of everywhere
Underneath my being is a road that disappeared
Late at night I hear the trees, they're singing with the dead
Overhead..."

quarta-feira, 19 de março de 2008

Finalizadas filmagens de 'Arquivo-X 2'

Retirado do site Cinema em Cena

A verdade será revelada e agora tem dia certo: 25 de julho de 2008. Os principais envolvidos na direção e produção do filme, o diretor e roteirista Chris Carter, o produtor e co-roteirista Frank Spotnitz e o ator David Duchovny, deram uma entrevista coletiva em Vancouver, Canadá, dizendo que a fotografia principal do filme já foi encerrada.

Spotnitz revelou aos jornalistas que a história do novo filme se passa seis anos após o último episódio do seriado. "Não estamos fazendo um exercício nostálgico para atrair os fãs. Nós vimos [esse filme] como uma oportunidade para introduzir os personagens para as pessoas que na época podiam ser muito novas. Ele tem uma razão para existir, mesmo se a série de TV nunca tivesse existido antes", declarou o produtor pro National Post. Abaixo, um novo teaser:

terça-feira, 18 de março de 2008

Trilhas Sonoras para Download - Era Uma Vez no Oeste

Links para baixar:

Rapidshare - Clique aqui
Turbo Upload - Clique aqui


Tutorial de como baixar no Rapidshare aqui e tutorial para o Turbo Upload aqui.


Próxima OST - Na Natureza Selvagem, de Sean Penn.
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domingo, 9 de março de 2008

Juno

Juno, 96 min., Jason Reitman, 2007.


Seguindo a mesma trilha deixada por Pequena Miss Sunshine, o 'independente-indie' Juno é uma agradabilíssima surpresa. Tudo começa quando Juno (muito bem interpretada por Ellen Page), uma adolescente com 16 anos, engravida do seu melhor amigo, Paulie, e já decide dar o bebê para adoção. Após conhecer um casal com condições e interesse de criar seu bebê, ela vai lidando com os vários aspectos que mudam na sua vida.

É muito bom ver que Hollywood vem cada vez mais admirando, premiando e aderindo a essa tendência de produções mais simples onde o ponto forte são as histórias. Mesmo custando "apenas" 7,5 milhões de US$, valor bem abaixo das principais produções do mainstream, e tal como Pequena Miss Sunshine, o filme abocanhou um Oscar, de melhor roteiro, e teve outras 3 indicações, incluindo melhor filme e diretor. Foi mais que justo o Oscar de Melhor Roteiro para Diablo Cody, que fez um roteiro com diálogos engraçados, memoráveis e cheio de momentos inusitados, como as dezenas de caixas de tic-tac e a pequena mudança na frente da casa de Paulie.

Tais seqüências combinadas com uma trilha absurdamente boa (Sonic Youth, Belle and Sebastian, Velvet Underground) e uma história muito legal, arrancam instantaneamente um sorriso de quem assiste. Aliás, esse poderia ser o resumo do filme: um grande, alegre e sincero sorriso.
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